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PREVIDA – Evento no MPPR defende prevenção como estratégia de enfrentamento às drogas
Publicado por Ministério Público do Estado do Paraná
há 7 anos
A prevenção ao uso de drogas lícitas e ilícitas, por meio de uma atuação multidisciplinar, deve nortear as estratégias de investimento das políticas públicas, integrando as áreas de serviço social, saúde, segurança pública e, especialmente, educação. Essa foi uma das principais conclusões do encontro “Refletindo sobre drogas: o legal é prevenir”, realizado em 26 de junho pelo Ministério Público do Paraná, por meio da coordenação do Comitê de Enfrentamento às Drogas e do Projeto Estratégico Semear – Enfrentamento ao Álcool, Crack e Outras Drogas, com apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf). Promovido em parceria com o Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas (Conesd-PR) e o Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas de Curitiba, o evento integrou a Semana Estadual de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (Previda).
Na abertura do encontro, que lotou o auditório da sede do MPPR e também foi transmitido via webcast, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Eliezer Gomes da Silva, que na ocasião representou o procurador-geral de Justiça Ivonei Sfoggia, destacou a importância da participação conjunta de diversos setores públicos e da sociedade civil organizada na luta contra as drogas. “Trata-se de um problema muito complexo e a soma de esforços e de múltiplas abordagens é fundamental para esse combate”, disse o procurador de Justiça. Também fizeram uso da palavra o coordenador do Ceaf, promotor de Justiça Eduardo Cambi, e a coordenadora do Semear, promotora de Justiça Cristina Corso Ruaro que enalteceram o trabalho do Projeto Semear, do MPPR, no enfrentamento às drogas no estado. “A meta prioritária do projeto é a implementação das Redes de Serviços de Enfrentamento às Drogas, criando comitês em todos os municípios paranaenses para tratar de questões relativas à drogadição e avaliando como o problema está sendo conduzido em cada cidade”, acrescentou. “Tudo é muito difícil nessa área, mas unidos venceremos esse desafio”, disse Cristina.
Palestras – Com o tema “Dependência química: mitos e verdades”, o psiquiatra Antônio Geraldo Silva, presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina e uma das principais autoridades na matéria no Brasil, fez a primeira apresentação do evento. Ele trouxe números relativos ao consumo de drogas no país e defendeu a ideia de que os dependentes de drogas devem ser tratados como doentes crônicos. “Precisamos ter políticas públicas que tenham isso em mente, desenvolvidas com a participação de psiquiatras e baseadas em fatos, em diagnósticos”, disse o médico. “Algumas das doenças que mais matam as pessoas hoje em nosso país têm relação direta com o consumo de drogas, que leva à depressão e ao suicídio, com muitos casos entre jovens e entre as mulheres. Esses dados precisam ser considerados”, afirmou Silva. Ele também ressaltou o fato de que a indústria das drogas – tanto as ilícitas quanto as lícitas, como álcool – é amparada em um grande poder econômico. “O que está por trás de toda essa discussão é muito dinheiro. Nunca podemos esquecer disso”, concluiu o psiquiatra.
A professora-doutora Araci Asinelli da Luz, do Departamento de Teoria e Prática de Ensino do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná, falou sobre “Educação preventiva integral e desenvolvimento humano”. Com quase 30 anos de experiência na área, ela sustentou a importância da educação para a prevenção do problema das drogas, apontando a sala de aula como um dos lugares principais para essa abordagem e a necessidade de uma postura humanizada para a condução do trabalho. “Temos que fazer a prevenção com foco nas pessoas. Devemos tentar oferecer tudo o que possa garantir a elas o direito de fazer boas escolhas”, disse a educadora. “A educação preventiva deve preparar a nós e aos nossos alunos para situações de risco. É o conhecimento que nos leva a tomar as decisões mais acertadas”, defendeu.
A última palestra do evento, com o tema “Fatores de risco e proteção para o uso de drogas e o panorama do uso de drogas dos adolescentes brasileiros”, foi apresentada pela psicóloga Maria de Fátima Rato Padin, coordenadora do Curso de Aconselhamento em Dependência Química da Universidade Federal de São Paulo. Também a partir de números, com foco no público adolescente, ela ressaltou a necessidade de políticas de prevenção voltadas a essa faixa da população. “Temos que impedir o adolescente de usar qualquer tipo de droga e isso inclui o álcool. A precocidade é um fator de risco severo para a dependência química e nessa fase da vida o cérebro da pessoa ainda está em formação”, disse a psicóloga. “Precisamos ter políticas públicas que prevejam esses fatores de risco”, sustentou, defendendo também a criação de políticas de prevenção que tenham como foco pais e professores.
As palestras foram mediadas pelas promotoras de Justiça Cristina Corso Ruaro e Hirmínia Dorigan de Matos Diniz, que é membro do Comitê do Ministério Público do Estado do Paraná de Enfrentamento às Drogas, representante da área da Educação.
Fempar –
A Semana Previda foi instituída por lei estadual para difusão de informações sobre o uso e o abuso de drogas lícitas e ilícitas e conta com diversos eventos ligados ao tema, em diferentes instituições. A íntegra da programação desse ano pode acessada aqui. Pelo MPPR, o Projeto Semear realiza, ainda como parte da Previda, evento na Fundação Escola do Ministério Público (Fempar) nesta terça-feira, 27 de junho, a partir das 19 horas. Serão apresentadas as palestras e debates: “Conversando sobre Promoção e Prevenção ao Uso de Drogas com Crianças e Adolescentes” (a cargo da psicóloga Juratriz Salete Ribas, da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social do Paraná), “O adolescente em conflito com a lei e sua relação com a droga: pensando estratégias para prevenção do abuso de drogas” (com a psicóloga Juliana Feitosa, da Secretaria de Justiça do Paraná e a promotora de Justiça Luciana Linero, do MPPR) e “Sistema Prisional e Drogadição” (com participação do promotor de Justiça do MPPR Alexey Choi Caruncho, de Renata Himovski Torres, da diretoria de projetos do Departamento Penitenciário do Paraná, e de Tania Zanier, diretora clínica do Complexo Médico Penal).
Rodas de Conversa – Ainda durante a Semana Previda, o MPPR, por meio do Projeto Semear e da área de educação do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Criança e do Adolescente e da Educação, realizará, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), evento denominado “Roda de Conversa Jurídica com o tema Drogadição em Pauta”. As rodas de conversa acontecerão em todos os Núcleos Regionais de Educação no Paraná, com participação de promotores de Justiça, membros das Polícias Militar e Civil, profissionais de saúde, representantes da educação (diretores, pedagogos, professores e funcionários), representantes de pais e responsáveis e alunos.
O psiquiatra Antônio Geraldo Silva
A professora-doutora Araci Asinelli da Luz
A promotora Hirmínia Dorigan de Matos Diniz (à mesa) e a psicóloga Maria de Fátima Rato Padin
27/06/17
Na abertura do encontro, que lotou o auditório da sede do MPPR e também foi transmitido via webcast, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Eliezer Gomes da Silva, que na ocasião representou o procurador-geral de Justiça Ivonei Sfoggia, destacou a importância da participação conjunta de diversos setores públicos e da sociedade civil organizada na luta contra as drogas. “Trata-se de um problema muito complexo e a soma de esforços e de múltiplas abordagens é fundamental para esse combate”, disse o procurador de Justiça. Também fizeram uso da palavra o coordenador do Ceaf, promotor de Justiça Eduardo Cambi, e a coordenadora do Semear, promotora de Justiça Cristina Corso Ruaro que enalteceram o trabalho do Projeto Semear, do MPPR, no enfrentamento às drogas no estado. “A meta prioritária do projeto é a implementação das Redes de Serviços de Enfrentamento às Drogas, criando comitês em todos os municípios paranaenses para tratar de questões relativas à drogadição e avaliando como o problema está sendo conduzido em cada cidade”, acrescentou. “Tudo é muito difícil nessa área, mas unidos venceremos esse desafio”, disse Cristina.
Palestras – Com o tema “Dependência química: mitos e verdades”, o psiquiatra Antônio Geraldo Silva, presidente eleito da Associação Psiquiátrica da América Latina e uma das principais autoridades na matéria no Brasil, fez a primeira apresentação do evento. Ele trouxe números relativos ao consumo de drogas no país e defendeu a ideia de que os dependentes de drogas devem ser tratados como doentes crônicos. “Precisamos ter políticas públicas que tenham isso em mente, desenvolvidas com a participação de psiquiatras e baseadas em fatos, em diagnósticos”, disse o médico. “Algumas das doenças que mais matam as pessoas hoje em nosso país têm relação direta com o consumo de drogas, que leva à depressão e ao suicídio, com muitos casos entre jovens e entre as mulheres. Esses dados precisam ser considerados”, afirmou Silva. Ele também ressaltou o fato de que a indústria das drogas – tanto as ilícitas quanto as lícitas, como álcool – é amparada em um grande poder econômico. “O que está por trás de toda essa discussão é muito dinheiro. Nunca podemos esquecer disso”, concluiu o psiquiatra.
A professora-doutora Araci Asinelli da Luz, do Departamento de Teoria e Prática de Ensino do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná, falou sobre “Educação preventiva integral e desenvolvimento humano”. Com quase 30 anos de experiência na área, ela sustentou a importância da educação para a prevenção do problema das drogas, apontando a sala de aula como um dos lugares principais para essa abordagem e a necessidade de uma postura humanizada para a condução do trabalho. “Temos que fazer a prevenção com foco nas pessoas. Devemos tentar oferecer tudo o que possa garantir a elas o direito de fazer boas escolhas”, disse a educadora. “A educação preventiva deve preparar a nós e aos nossos alunos para situações de risco. É o conhecimento que nos leva a tomar as decisões mais acertadas”, defendeu.
A última palestra do evento, com o tema “Fatores de risco e proteção para o uso de drogas e o panorama do uso de drogas dos adolescentes brasileiros”, foi apresentada pela psicóloga Maria de Fátima Rato Padin, coordenadora do Curso de Aconselhamento em Dependência Química da Universidade Federal de São Paulo. Também a partir de números, com foco no público adolescente, ela ressaltou a necessidade de políticas de prevenção voltadas a essa faixa da população. “Temos que impedir o adolescente de usar qualquer tipo de droga e isso inclui o álcool. A precocidade é um fator de risco severo para a dependência química e nessa fase da vida o cérebro da pessoa ainda está em formação”, disse a psicóloga. “Precisamos ter políticas públicas que prevejam esses fatores de risco”, sustentou, defendendo também a criação de políticas de prevenção que tenham como foco pais e professores.
As palestras foram mediadas pelas promotoras de Justiça Cristina Corso Ruaro e Hirmínia Dorigan de Matos Diniz, que é membro do Comitê do Ministério Público do Estado do Paraná de Enfrentamento às Drogas, representante da área da Educação.
Fempar –
A Semana Previda foi instituída por lei estadual para difusão de informações sobre o uso e o abuso de drogas lícitas e ilícitas e conta com diversos eventos ligados ao tema, em diferentes instituições. A íntegra da programação desse ano pode acessada aqui. Pelo MPPR, o Projeto Semear realiza, ainda como parte da Previda, evento na Fundação Escola do Ministério Público (Fempar) nesta terça-feira, 27 de junho, a partir das 19 horas. Serão apresentadas as palestras e debates: “Conversando sobre Promoção e Prevenção ao Uso de Drogas com Crianças e Adolescentes” (a cargo da psicóloga Juratriz Salete Ribas, da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social do Paraná), “O adolescente em conflito com a lei e sua relação com a droga: pensando estratégias para prevenção do abuso de drogas” (com a psicóloga Juliana Feitosa, da Secretaria de Justiça do Paraná e a promotora de Justiça Luciana Linero, do MPPR) e “Sistema Prisional e Drogadição” (com participação do promotor de Justiça do MPPR Alexey Choi Caruncho, de Renata Himovski Torres, da diretoria de projetos do Departamento Penitenciário do Paraná, e de Tania Zanier, diretora clínica do Complexo Médico Penal).
Rodas de Conversa – Ainda durante a Semana Previda, o MPPR, por meio do Projeto Semear e da área de educação do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Criança e do Adolescente e da Educação, realizará, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), evento denominado “Roda de Conversa Jurídica com o tema Drogadição em Pauta”. As rodas de conversa acontecerão em todos os Núcleos Regionais de Educação no Paraná, com participação de promotores de Justiça, membros das Polícias Militar e Civil, profissionais de saúde, representantes da educação (diretores, pedagogos, professores e funcionários), representantes de pais e responsáveis e alunos.
O psiquiatra Antônio Geraldo Silva
A professora-doutora Araci Asinelli da Luz
A promotora Hirmínia Dorigan de Matos Diniz (à mesa) e a psicóloga Maria de Fátima Rato Padin
27/06/17
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