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29 de Abril de 2024
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    MP retoma investigação no Ribeirão dos Apertados/MP retoma investigação em Arapongas

    Denúncia de uma possível contaminação em lençol freático na região de Arapongas estava engavetada há mais de quatro anos

    Depois de mais de quatro anos, o Ministério Público retomou as investigações sobre as suspeitas de contaminação do lençol freático na região de Arapongas (Norte do Estado). Uma queixa-crime que levantava o problema estava engavetada desde abril de 2002 no Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente do Estado, em Curitiba. O atual promotor encarregado de analisar a denúncia, Robertson Fonseca de Azevedo, admite que o procedimento ficou ''parado'' durante anos mas garante que tomou providências, requisitando que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) encaminhe a última fiscalização feita na Nortox para, em seguida, devolver a queixa à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Arapongas.

    A denúncia foi feita pelo advogado e ambientalista Vanderlei Carlos Sartori Júnior. Na queixa, o advogado argumentava que no final de 2001 tinha sido procurado por moradores do Distrito de Aricanduva que estavam preocupados com uma possível contaminação da água por produtos químicos advindos do processo de fabricação de agrotóxicos pela empresa Nortox, que fica na localidade, às margens da BR-369. Segundo ele, verificação feita em poços caseiros e semi-artesianos constataram um forte odor e um paladar ruim nas amostras coletadas.

    A denúncia citava que vários poços semi-artesianos teriam sido desativados. Em um deles, análises teriam detectado a presença de trifluralina, um herbicida largamente usado no País. Já naquela época, o advogado pedia o aprofundamento das investigações em toda a bacia para apurar as suspeitas.

    Em razão da calamidade que se tornou o problema de poluição da Bacia Hidrográfica do Ribeirão dos Apertados, principalmente a partir do segundo semestre deste ano, Sartori Júnior foi à capital e descobriu que pouco havia sido feito após mais de seis anos. A denúncia tinha seguido para Curitiba porque carecia de pareceres técnicos, que já haviam sido realizados.

    O promotor Robertson de Azevedo informou à FOLHA que assim que tiver a resposta do IAP vai encaminhar a minuta para (possível instauração de) uma ação civil pública.

    O problema de degradação e contaminação do Apertados ficou evidente nos últimos meses, depois que a Sanepar precisou interromper quatro vezes a captação da água que abastece cerca de 100 mil pessoas. Dada a gravidade do problema, o Governo decretou a bacia como área de manancial de abastecimento, restringindo o uso e ocupação do solo. Além disso, um comitê gestor foi formado para desenvolver ações preventivas, fiscalizadoras e reparadoras.

    A assessoria jurídica da Nortox afirmou que não havia apurado nenhuma informação oficial sobre a queixa-crime e que iria diligenciar no sentido de apurar os fatos antes de se pronunciar.

    MP retoma investigação em Arapongas

    (versão da Editoria Curitiba)

    Luciano Augusto / Equipe da Folha

    Londrina - Depois de mais de quatro anos, o Ministério Público retomou as investigações sobre as suspeitas de contaminação do lençol freático na região de Arapongas (Norte do Estado). Uma queixa-crime que levantava o problema estava engavetada desde abril de 2002 no Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente do Estado, em Curitiba.

    O atual promotor encarregado de analisar a denúncia, Robertson Fonseca de Azevedo, admite que o procedimento ficou "parado" durante anos mas garante que tomou providências, requisitando que o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) encaminhe a última fiscalização feita na Nortox para, em seguida, devolver a queixa à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Arapongas.

    A denúncia foi feita pelo advogado e ambientalista Vanderlei Carlos Sartori Júnior. Na queixa, o advogado argumentava que no final de 2001 tinha sido procurado por moradores do Distrito de Aricanduva que estavam preocupados com uma possível contaminação da água por produtos químicos advindos do processo de fabricação de agrotóxicos pela empresa Nortox, que fica na localidade, às margens da BR-369. Segundo ele, verificação feita em poços caseiros e semi-artesianos constataram um forte odor e um paladar ruim nas amostras coletadas.

    A denúncia citava que vários poços semi-artesianos teriam sido desativados. Em um deles, análises teriam detectado a presença de trifluralina, um herbicida largamente usado no País. Já naquela época, o advogado pedia o aprofundamento das investigações em toda a bacia para apurar as suspeitas.

    Em razão da calamidade que se tornou o problema de poluição da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Apertados, principalmente a partir do segundo semestre deste ano, Sartori Júnior foi à capital e descobriu que pouco havia sido feito após mais de seis anos. A denúncia tinha seguido para Curitiba porque carecia de pareceres técnicos, que já haviam sido realizados.

    O promotor Robertson de Azevedo informou à FOLHA que assim que tiver a resposta do IAP vai encaminhar a minuta para (possível instauração de) uma ação civil pública.

    Sem água

    - O problema de degradação e contaminação do Apertados ficou evidente nos últimos meses, depois que a Sanepar precisou interromper quatro vezes a captação da água que abastece cerca de 100 mil pessoas. Dada a gravidade do problema, o Governo decretou a bacia como área de manancial de abastecimento, restringindo o uso e ocupação do solo. Além disso, um comitê gestor foi formado para desenvolver ações preventivas, fiscalizadoras e reparadoras.

    A assessoria jurídica da Nortox afirmou que não havia apurado nenhuma informação oficial sobre a queixa-crime e que iria diligenciar no sentido de apurar os fatos antes de se pronunciar.

    Fonte: Folha de Londrina

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